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#619 Como usar Em guarda eficazmente

April 23, 2019
Q

Pergunta 1:

Dr. Craig, obrigado por seu ministério. Mudou-me para melhor! Aceitei seu conselho e estou tentando dar um curso no estilo de Defenders. Comprei o kit de seu livro Em guarda e o comecei em março! Minha igreja é uma pequena comunidade rural no interior, em Asheville, Carolina do Norte.

Por isso, preciso de sua orientação sobre a melhor maneira de ensinar o material mais difícil (ou seja, as partes científicas como os argumentos cosmológicos etc.). Minha pergunta é: como posso apresentar o material de um modo que não seja pesado demais

Obrigado.

Stephen

Estados Unidos

 

Pergunta 2:

Estou ensinando a partir de seu livro Em guarda, e gosto muito dele, mas a maior parte de meus alunos diz não entender todos os termos e argumentos complicados, porque não conseguem enxergar como serão úteis em conversas no dia a dia. Dizem que os argumentos são bons para debates com professores universitários, mas se perguntam como é que podem usar tudo isso em interações cotidianas. Por favor, ajude-me com uma boa explicação, pois tudo que consegui dizer foi que leva tempo e esforço para entender e se sentir confortável com todas essas novas ideias.

Obrigado.

Lionel

Estados Unidos

Afghanistan

Dr. Craig responde


A

Fico muito feliz, Stephen e Lionel, em saber que vocês estão usando Em guarda para capacitar outros cristãos na defesa da fé! É o mais profundo desejo do meu coração que o Senhor use esse livro para edificar e preparar a igreja.

Primeiro a sua pergunta, Stephen. Recomendo entusiasmado nossa série de vídeos animados de Zangmeister, que agora cobrem o material de Em guarda, com exceção do último capítulo (no momento, em produção). São eles:

                        A vida tem sentido? (cap. 2)

                        O argumento da contingência de Leibniz (cap. 3)

                        O argumento cosmológico kalam [em português] (cap. 4)

                        O ajuste fino do universo [em português] (cap. 5)

                        O argumento moral [em português] (cap. 6)

                        O sofrimento e o mal, parte 1 (cap. 7)

                        O sofrimento e o mal, parte 2 (cap. 7)

                        Quem Jesus pensava ser? (cap. 8)

                        Jesus ressuscitou dentre os mortos? Parte 1 (cap. 9)

                        Jesus ressuscitou dentre os mortos? Parte 2 (cap. 9)

Estes vídeos resumem o conteúdo de cada capítulo de Em guarda de forma descontraída e até cativante, de modo que mesmo um estudante do colegial possa entender e se divertir.

Por isso, antes de tentarem ler o capítulo correspondente, mostre o vídeo. Na primeira semana de seu curso, você pode pedir que venham preparados para discutir o capítulo 1, “O que é apologética?”. Reserve bastante tempo no fim da aula para passar o vídeo que corresponde ao capítulo da próxima semana. Então, na semana seguinte, mostre novamente o vídeo no início da aula, antes de discutirem juntos o capítulo. Mais uma vez, perto do fim da aula, mostre o vídeo correspondente à aula seguinte, e assim por diante.

Ao assistir aos vídeos de antemão, eles estarão bem preparados para enfrentar a leitura.

Lionel, gostaria de compartilhar com seu grupo o conselho que nos foi dado por Clark Pinnock, meu professor de teologia. Ele disse: “Devemos conhecer nosso assunto com profundidade e transmiti-lo com simplicidade”. Quanta sabedoria está resumida nesse conselho! Se eles dominarem os argumentos de Em guarda, posso garantir por meus anos de experiência que eles conseguirão defender sua fé contra 95% das objeções que enfrentarem. Para a maior parte das pessoas que encontrarmos, não precisaremos de tais argumentos. Para algumas, sim. Isto se aplica em especial à nova geração no colegial e faculdade. Revise com sua turma o que digo no capítulo 1 sobre o perigo que corremos de perder nossa juventude, se enterrarmos nossas cabeças na areia e fingirmos que tais questões não existem. Se algo vai motivar sua turma a dar duro para dominar os argumentos, é exatamente a ideia de ver seus filhos se afastarem da fé porque não puderam responder aos seus questionamentos. Assim, queremos estar prontos para responder às objeções de professores universitários (ou outros professores!), mesmo que raramente precisemos fazê-lo.

Portanto, como podemos transmitir esses argumentos de maneira simples, em nossas conversas cotidianas? Fácil: simplesmente memorize uma lista dos argumentos! Se alguém lhe perguntar por que você crê em Deus ou disser que não há provas para Deus, simplesmente elenque os argumentos: “Deus explica por que algo existe, em vez de nada; Deus explica o começo do universo; Deus explica o ajuste fino do universo para a vida inteligente; e Deus explica os valores e deveres morais objetivos no mundo”. Posso garantir que, para muitos, senão quase todos que encontrar, isto já basta! A simples capacidade de elencar os argumentos já o coloca bem à frente da maioria dos cristãos que o descrente já encontrou!

Pois bem, se o descrente pedir que explique mais, mostre-lhe as premissas dos argumentos que você memorizou — por exemplo:

 

1. Se Deus não existe, valores e deveres morais objetivos não existem.

2. Valores morais objetivos existem.

3. Logo, Deus existe.

 

A questão real para expor à sua turma, Lionel, é a seguinte: “Você ama os perdidos o suficiente para se esforçar um pouco e memorizar alguns argumentos em três passos?”

Se o descrente quiser ir mais a fundo, vá com ele! Veja os mapas argumentativos no fim de cada capítulo de Em guarda. Eles mostram como responder às objeções mais comuns. Você pode usar esses mapas argumentativos, Lionel, para fazer algumas simulações com sua turma em como responder aos desafios.

Uma alternativa é sacar seus aparelhos eletrônicos e mostrar um dos vídeos de Zangmeister mencionados acima. Em seguida, podem discutir sobre o que viram.

Agora está com vocês, Lionel e Stephen, a tarefa de explicar para suas respectivas turmas os termos e argumentos desconhecidos. É para isto que estão no curso. Mas ofereça-lhes também as sugestões acima para compartilhar esse material de maneira simples, em suas conversas cotidianas.

- William Lane Craig